Uma estudante de biomedicina foi presa em flagrante em São Gonçalo por exercício ilegal da profissão. Segundo a polícia, Silmara Mello da Silva trabalhava em uma clínica de estética em Alcântara e fazia procedimentos estéticos em pacientes sem ter qualificação e autorização.
Após uma denúncia do Conselho Regional de Biomedicina, policiais da 74ª DP (Alcântara) foram até a clínica nesta última quarta-feira (27) e prenderam Silmara. Segundo as investigações, a universitária aplicava produtos injetáveis e invasivos nas clientes, como vitaminas, anestésicos e enzimas, em desacordo com as normas regulamentares.
No momento da prisão, ainda foram encontrados na clínica medicamentos fora da validade.
Silmara utilizava as redes sociais para divulgar seus serviços clandestinos e dizia ser biomédica.
“Silmara aparece em vídeos realizando procedimentos estéticos privativos de pessoas com registro no Conselho Regional de Biomedicina e até de médicos. Ela foi autuada nos crimes contra a saúde pública, com pena é de até 15 anos de reclusão”, detalhou o delegado Márcio Esteves.
O que diz a universitária
A defesa de Silmara argumentou que a estudante “só não está formada porque trocou de universidade e ficou puxando algumas matérias que a outra universidade não aceitou”. “Provavelmente até o meado do ano isso se resolva.”
Ainda segundo os advogados, “todos os serviços que ela exercia, ela tem certificação para fazer”.
Médico alerta
Segundo o cirurgião plástico Leandro Ventura, o avanço tecnológico facilitou o acesso aos procedimentos, mas é sempre necessário lembrar a importância de se procurar por médicos com cadastro ativo no Conselho Regional de Medicina e credenciados junto à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
“É imprescindível que o paciente se sinta seguro ao decidir realizar um procedimento estético ou até uma cirurgia. E uma outra importante questão a ser levada em conta diz respeito ao preço dos procedimentos e dos produtos utilizados. O profissional ético sempre agirá pensando no bem-estar dos seus pacientes. E muitas das vezes, sem pesquisas ou garantias, o mais barato pode sair caro”, alerta Ventura.