Segundo Ricardo Chimirri Candia, engenheiro concursado desde 1990, a saúde mental dos profissionais de engenharia tem se tornado uma pauta cada vez mais relevante diante da crescente complexidade dos projetos, da pressão por prazos e da alta responsabilidade técnica envolvida. O cuidado mental e do bem-estar psicológico da equipe é tão importante quanto garantir a segurança estrutural de uma obra. Afinal, sem equilíbrio emocional, não há produtividade sustentável nem inovação efetiva.
Nesse cenário, investir em estratégias de prevenção ao estresse e ao burnout se torna essencial para promover um ambiente de trabalho mais saudável, colaborativo e eficaz. A engenharia contemporânea demanda inteligência emocional, capacidade de lidar com incertezas e preparo para enfrentar rotinas intensas sem comprometer a qualidade de vida dos profissionais. Entenda mais sobre esse assunto a seguir:
Estresse ocupacional e cuidado mental: fatores de risco e impactos na performance da engenharia
O estresse é uma reação natural do organismo, mas quando se torna crônico, pode comprometer a saúde física e mental dos engenheiros, afetando diretamente o desempenho das equipes. Cargas horárias excessivas, cobranças desproporcionais, metas inalcançáveis e ambientes hierárquicos rígidos são alguns dos fatores que alimentam esse cenário. De acordo com Ricardo Chimirri Candia, reconhecer esses gatilhos precocemente, é o primeiro passo para combatê-los.
Os impactos vão além do indivíduo: projetos mal conduzidos, erros técnicos, atrasos e afastamentos por doenças emocionais representam perdas significativas para empresas e instituições públicas. Por isso, é papel da liderança identificar sinais de esgotamento, criar canais de escuta ativa e promover uma cultura organizacional que valorize o equilíbrio entre desempenho e bem-estar.
Prevenção do burnout: ações práticas no ambiente de trabalho
A prevenção do burnout deve ser tratada como uma diretriz estratégica dentro das organizações. Adotar jornadas mais flexíveis, oferecer pausas programadas, incentivar atividades físicas e possibilitar espaços de descompressão são medidas simples, mas que geram efeitos concretos. Além disso, o estímulo ao diálogo aberto e à empatia entre lideranças e colaboradores contribui para reduzir o isolamento e a pressão excessiva.
Nesse sentido, como evidencia Ricardo Chimirri Candia, programas internos de saúde mental, com apoio psicológico contínuo e campanhas de conscientização, são eficazes para criar um ambiente mais acolhedor. A implementação de políticas claras sobre assédio moral e sobrecarga de trabalho também reforça o compromisso institucional com a dignidade dos profissionais, reduzindo o risco de esgotamento coletivo e promovendo maior engajamento.
Bem-estar como valor institucional e diferencial competitivo
A promoção do bem-estar mental na engenharia não deve ser vista como um custo, mas como um investimento estratégico. Empresas e órgãos públicos que priorizam a saúde dos seus profissionais colhem ganhos em produtividade, inovação, retenção de talentos e reputação no mercado. Conforme informa Ricardo Chimirri Candia, o bem-estar é hoje um dos pilares da sustentabilidade organizacional, ao lado da responsabilidade técnica e da ética profissional.
Além disso, ambientes saudáveis estimulam a criatividade e fortalecem a capacidade de resolução de problemas, atributos indispensáveis em projetos de engenharia complexos. Quando o profissional se sente respeitado, ouvido e valorizado, ele tende a entregar melhores resultados, com mais segurança, precisão e compromisso com a excelência. Essa cultura organizacional positiva se reflete diretamente na qualidade dos serviços prestados à sociedade.
Conclui-se assim que, cuidar da saúde mental dos engenheiros é uma responsabilidade que ultrapassa o campo individual e alcança toda a estrutura das organizações. Com medidas preventivas eficazes, é possível construir ambientes de trabalho mais humanos, produtivos e sustentáveis. Para Ricardo Chimirri Candia, a engenharia que projeta um futuro saudável é aquela que valoriza as pessoas tanto quanto valoriza as obras que entrega. O futuro da engenharia se constrói também com respeito, equilíbrio e saúde emocional.
Autor: Muntt Jocen
